sábado, 4 de abril de 2009

Primeira impressão é a que fica

Eu não sou a Maitê Proença. Já tô acostumada com a piadinha, é algo indiferente pra mim, só acho engraçado a cara das pessoas que falam isso achando que inventaram o trocadilho (se é que posso chamar isso de trocadilho).

Tenho vários apelidos engraçados e alguns até carinhosos, mas pode me chamar de Maitê mesmo. Sabe, eu adoro meu nome. Quando era pequena odiava porque era muito estranho no meio de outras crianças, mas agora acho maravilhoso. Maitê significa querida e amada, o que não sei se é verdade, mas acho muito legal um nome feminino não terminar com a letra a. Tenho certeza de que intui minha mãe quando ela estava grávida. Meu nome ia ser Thaís. Tem tanta Thaís, tenho amigas chamadas Thaís, ainda bem que nasci Maitê: ufa!

Recentemente fiz meus 16 invernos. A minha vida foi ótima, não tenho do que reclamar. Tá, eu até tenho, mas a parte boa é tão boa que me impede reclamar desta coisa chamada vida.

Sou bagunceira e preguiçosa até morrer, meus pais que o digam. Acho que na minha última vida fui hippie, tenho essa essência de vida dentro de mim ainda. Odeio ter que fazer algo por obrigação, gosto de inventar, de voar, de viver.

Acho que nunca encontrarei alguém que me entenda por completo. Nem essas psicólogas conseguem cuidar de mim. Eu acho que elas me apreciam como os pseudo leitores apreciam os best sellers. E eu tenho um enorme preconceito com best sellers, logo tenho preconceito também com as psicólogas. Talvez um trauma. Eu queria fazer um amigo qualquer de psicólogo, e pagá-lo até.

Já estudei em 5 colégios, e não fui expulsa de nenhum, acredite. Dos 5, 4 faliram depois de eu ter saído. E olha que eu não roguei praga alguma. Os melhores colégios que eu estudei foram: o Cassilda Martins e o Barão de Palmeiras. Eles me ajudaram muito a persistir no meu sonho.

Que sonho? O sonho de ser professora. Minha avó Cely foi de português e devo minha vida literária a ela. Não sei ao certo se quero ser professora de português ou história, adoro estas disciplinas. Quero muito revolucionar a educação brasileira, acho que um país é o seu povo, e o povo é a educação que recebeu. Amo o Brasil assim como amo o verde. Para mim a bandeira do Brasil tinha que ser toda verde, 1m² de verde-bandeira.

Já sou professora de evangelização há 3 anos. Ah, sou espírita! Como esqueci um fato tão importante? Isso é o que me marca por inteira, pois sou muito e extremamente religiosa. Amo a Deus, Jesus e chocolate. Dar aula para crianças me fez perceber o quão importante eu posso ser, me deu este vestígio de auto-estima, e me fez decidir a profissão em que eu devo seguir.

Tenho muitos amigos, não sei como, porque eu sou muito exigente. Eles são maravilhosos, têm os míseros defeitos deles, mas ainda assim são defeitos que me atraem. Não os escolho, eles simplesmente ficam. Os que ficam são meus amigos, essa é a verdade. O resto foram contatos.

Eu já dei muito valor a pessoas que não mereciam, já fui muito humilhada, e hoje não guardo rancor. E acho mais, pelas porradas que eu já levei, só em 16 anos, fiquei muito forte e armada, aos poucos estou tentando me desarmar e vendo que existem pessoas legais no mundo: os meus amigos.

Queria muito dizer que encontrei o meu amor verdadeiro e que ele é a pessoa legal, mas não posso. Essa pessoa ainda não apareceu. Já apareceram várias oportunidades pra pessoas serem, mas nenhuma delas quis aproveitá-las. Por isso tenho deixado de lado esta vida amorosa. Mas não é que surgiu algo novo? E este algo, ao qual não me cabe ainda citar na apresentação, me faz muito bem.

Falo em excesso. Tenho uma necessidade de comunicação fora do comum. Talvez seja por isso que eu queira ser professora, para passar para os demais o pouco que sei. Uma vez, em uma dinâmica, me pediram pra desenhar um objeto que mais me retrata. O meu foi o telefone. Me considero simpática e comunicativa, mas a vida me ensinou a ser tímida de início e “tímida” com quem eu odeio.

Quem lê isso até pensa que eu tenho opinião pra tudo, que eu sou inteligente, mas a verdade é: tem muitas coisas que eu ainda não formulei uma opinião. E eu só lembro na hora que vejo que não tenho uma opinião. Eu não sou inteligente, talvez eu tenha um vestígio de cultura, mas ainda assim sou bastante ignorante e teimosa.

Eu não consigo ser séria, me faz até mal. No dia que eu virar adulta será o pior dia da minha vida.

Sou psicóloga (eca) de muitos amigos, não sei porquê as pessoas se sentem bem desabafando comigo, mas adoro ouvir meus amigos e ajudá-los. Acho que os psicólogos tinham que ser que nem eu, chegar e falar: - Larga de ser otário, para de fumar. Larga esse pilantra, ele só te sacaneia. Mas não, o psicólogo ouve quieto com aquele ar nojento de consultório. Pronto, odeio a psicologia.

Minha educação não depende da sua. Quer dizer que se você for um babaca eu serei também? Não mesmo.

Não acho legal assistir algo que me emocione num domingo a noite, pois que sempre chorarei. Domingos são dias tediantes, dias em que eu penso sobre a minha vida, lembro dos meus amigos, me acho inferior, incompreendida e sozinha. Odeio domingos. Por incrível que pareça eu amo a segunda-feira. Ela tem um ar de recomeço, de força de vontade, de preguiça, de novo. Prefiro uma segunda a um domingo.

Finalizando, fiz este blog pra ser um meio de extravasar todas as minhas loucuras mais cruéis e doentias. O fato de pessoas poderem ler minha vida não me agrada muito, mas... veremos. Agradecendo aos meus amigos Vinícius Garcia e Vinícius Aguiar pelo incentivo que me deram a escrever e fazer um blog. Dando crédito da imagem do blog Pente de Madeira ao Garcia.

3 comentários:

Unknown disse...

Maitê, adoro seu jeito "trintona, solteirona, que usa baton opaco e meias-calças grossas" de escrever. Vou ler sempre seu blog.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

A imagem lá do alto está maneira mesmo, o cara mandou bem. Só fique mais ligada na Gramática, que não está muito satisfeita com seus escorregões de batom opaco e meia-calça grossa.