domingo, 18 de outubro de 2009

Por isso que sonhei com cobras...

Nossa, quanto tempo não escrevo e o pior de tudo e que eu não sei explicar o porquê. Escrever pra mim, tem que ser assim: quando eu quiser. Agora quis.
Era uma vez, na infância, três amigas: uma calma, uma temperamental e uma sonsa. Adivinha quem é a temperamental? Isso mesmo, eu. Éramos unha e carne, três mosqueteiras, e a amizade das duas era tudo pra mim. Até que a vida passou, o mundo girou muito, muito, muito e muito.. e eis o que aconteceu. Coisas inesperadas.
Conheci muitas pessoas nessa pequena cidade. Pessoas maravilhosas, pessoas inexistentes, pessoas horríveis, pessoas indiferentes. E o pior de tudo é que não sei se isso é de Paraíba do Sul em si. Tenho muito medo, de voltar pro Rio, onde tem palmeiras e canta o sabiá, e ver que lá terão pessoas medíocres como as de Paraíba do Sul, e de que a minha ilusão do Rio tenha ficado, apenas, na minha infância tão sutil.
Mas o que eu queria falar não é isso, o que eu queria falar é que a amizade pra mim realmente é utopia. Que a vida começa a virar uma grande utopia de insatisfação. Não minha, dos "outros" e cheguei num ponto que esses outros começam a me engolir, lir, ir.
E acredite, o que eu queria dizer não é nada disso, era mesmo ressaltar que piranha é piranha e peixe é peixe. E saudade é o que o peixe sente da nuvem, já dizia o Mia Couto. E a piranha não sente saudade, pois que não merece nem ser classificada como peixe, mas se considerarmos que EU sou classificada como ser humana, a piranha pode ser sim considerada como um peixe.