quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Feriram a fera


Encontrei o amor da minha vida. E parece que todo o resto pior sobressai ou toma a mesma dimensão do tamanho e sentimento do meu amor.
Como pode um simples comentário e pergunta barata me ofender tanto? Como pode, todo, o ser humano ter uma ferida aberta que passam maquiagem nela?
Ferida é feia. Bruta, dói. Se não doesse, não seria ferida. Dói, dói, dói. Nunca para de doer, parece que é um mal pra toda a vida. Será? Eu não sei. Só sei que odeio. Odeio todas as pessoas falsas, hipócritas, semiperfeitas. Semi mesmo, porque não existe perfeição. Então calem a boca: vocês são todos um bando de semi!
O mais curioso é que quando a ferida é velha, a gente acostuma, como se fosse uma cicatriz, uma mancha no corpo. Ela existe, temos que aprender a lidar com ela. Incomoda. Acomoda. Irrita. Deixamos quieta. Até que chega alguém, qualquer alguém, e rasga essa cicatriz, sem anestesia alguma, com toda a vontade de abrir, de voar a dor.
Sim, se a dor voasse seria na ferida.